segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A gosto.

Minha boca desenha teu corpo,
meus dedos brincam nos teus riscos tribais.

Meu corpo dança a música da alma,
meus olhos brilham na luz do teu olhar.

Noite de magia, de tesão e certezas.

Certeza de que nada é tão vago,
de que nada é eterno, de que nada é fugaz.

Desejos em gotas, em passes, em tragos.
Desejos expostos, entregues, em toque...

Desejo de quero mais.

Lumar(04/08/14)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Escuro em mim

Quando abro meus olhos no escuro,
surpreendo-me com a luz dos teus olhos.
O calor das tuas mãos acalmando meu corpo,
o calor das tuas palavras embalando minha alma.
Quando abro os meus braços em torno de ti,
sinto meu mundo maior e bem mais feliz.
Um abraço cheio de ternura e carinho,
um amasso de tesão e prazer.

Lumar


Labirinto

Perdi o foco do olhar,
miro e não acerto,
e sigo sem disparar.
Perdi o rumo da prosa,
que entre vírgulas, parágrafos,
estrofes, caiu no porão.
Porão da padronização.
Padronização de sentimentos,
de costumes, comportamentos,
formas de vivenciar.
Padronização de seres,
de estares, tudo ficando vulgar.
Perdi o passo pro outro lado.
Perdi o fato de não ficar.
Perdi meu laço no seu abraço.
Perdi-me, quero me achar.
Lumar (31/07/14)

domingo, 5 de maio de 2013

20 minutos até o final.


A vida correndo ao largo da janela de vidro fumê.
Pensamentos voando em torno de sentimentos,
sentimentos manipulados pela liberdade de ser.
Chuva fina faz a melodia e reproduz melancolia e dejavu.
Fotos, fatos, acasos, sorrisos, adeus.
O tempo brinca com a viagem, transforma o cenário,
dispensa espaço, entorna o caldo, transborda o peito.
Resume o mundo no agora, amanhã... talvez.
Campainha ressoa, fim de linha, solidão.

Lumar (03/05/13) 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Eu queria ser Antonia Melo

Eu queria ser Antonia Melo
com seus interditos proibitórios.
Ter sonhos de liberdades
com o Xingu ao fundo
e com a paz de quem só faz o bem.

Eu queria ser Antonia Melo
com sua coragem infinita
para tomar Xingu na veia
e não ter medo da cara feia
dos homens maus que constroem o monstro
Eu queria ser Antonia Melo
com sua pegada forte
rumo ao horizonte numa luta gigantesca,
e poder lutar ao lado dos parente do Tapajós
onde  nós nascemos na areia.

Eu queria ser Antonia Melo ao lado de Raoni
E não deixar meu rio ruir
Apenas rugir como leão 
contra Belo Monstro.

Eu queria ser Antonia Melo desde que eu nasci.

Marquinho Mota

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


Em caso de emergência,
quebre o vidro, quebre o gelo, quebre o muro, quebre o medo.

Em caso de emergir
suspire, grite,cante, faça se ouvir.

Em caso de amor, ah!!!!
Me procure, me ache, me invente, me enxergue: Estou aqui.

Lumar(28/02/13)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Simplesmente


Palavras que dançam no papel,
trazem harmonia, paz, luz, amor,
felicidade, justiça,igualdade, fé,
esperança, solidariedade, confiança.

Palavras que calam na boca, no peito,
que desesperam, enlouquecem, mentem,
menosprezam, traem, empobrecem, distanciam,
diminuem, encardem a alma.

Palavras.....
Entre vírgulas, entre aspas,
que dizem tudo ou não dizem nada,
que vão e vem no vento,
que viajam no pensamento,
que tatuam espaço e tempo,
que passam e ficam em mim.

Palavras mono, longas, partidas, quebradas,
palavras em versos, em prosas,
significativas, irrelevantes, enfim...
Palavras... por causa delas
ficamos assim, a principio do fim.

Lumar (05/02/13)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Penumbra


Noite em meu peito
noite em volta
e dentro de mim.

Noite sem estrelas,
noite sem partida
e sem ti.

Noite de mistérios e medos,
tempo sem fim e sem começo,
parco espaço,
um arremedo do tempo
em que eu vivia só pra ti

Lumar e Marquinho Mota

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Um dia colorido, de sol luzindo,
um dia infindo guardado na memória.
Um dia sem prumo, só correndo riscos,
no inside direto de todos os sonhos.
Um dia, em busca dos traços inclusos
na margem esquerda dos teus olhos fundos.
Um dia que não queria morrer,
um dia bom pra se fazer eterno.
Lumar(30/08/12)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Falsa bailarina

Perdeu-se no tom, no tempo,
no som da vitrola do cabaré.
Perdeu-se na mágica barata,
na hipnose do atirador de facas,
na contradança da bailarina do tal café.
Perdeu-se nas cores da tela de Picasso,
nas palavras de Amado,
nas músicas de Tom Zé.
Perdeu-se na embriaguez da madrugada,
entre a fumaça que da boca escapa,
entre todos os seus amores vãos.
Perdeu-se assim, no vai da valsa,
na noite escura de lua nua,
naquela saudade de não viver.

Lumar ( 14/08/12)

sábado, 2 de junho de 2012

Amanhecer

Os amanhãs não são iguais a nada!
Ao todo, ao tudo, ao toldo que
te acompanha no teu dia a dia.
Deslizam palavras num espaço branco,
diante da visão em preto e branco no meu quarto escuro.
Deslizam sons na soturna noite,
sem pensamentos esparsos ou espaços sem medo.
Deslizam manhãs num arco-íris sem fundo.
Deslizam milhões de pétalas num redemoinho confuso.
Divago ao todo, ao tudo, à soldo.
Desmancho ao toque estranho do existir.

Marquinho Mota e Lumar.
Agora é muito tarde para tentar
perceber qualquer coisa.
Agora é muito tarde!

Tarde demais porque no mais,
o cedo não cede as pressões
que o tempo impõe sobre os viventes.

Não cede as pressões de nós... sobreviventes.

E sobre viventes e morrentes, te digo:
Que agora é muito tarde
para tentar perceber qualquer coisa.

Marquinho Mota

Empreste

Faça um empréstimo para mudar sua vida.
Empreste um pouco de sabedoria de uma criança etíope.
Peça licença, e pegue uma porção de solidariedade das mãos de um indígena,
junte aquele bocado de sensibilidade que
recebestes de uma das "mães da Plaza de Maio".
Misture o amor que brota espontaneamente do sorriso de um griô.
Deixe a porção apurar por um breve pedaço de tempo...
E depois, devolva tudo em dobro para o planeta.
A existência agradece!

Marquinho Mota

Grande rio grande

O Tapajós faminto, lívido, insolente,
no momento solene de engolir a Tapajós.
Os barcos no mesmo nível dos carros,
o passar devagar das rabetas,
linha tênue do transbordar,
na mesma linha do transpor,
de se impor no terreno alheio....
E esse rio sem rumo,
e nós no rumo, sem remo.
Poder das águas, lavando as ruas,
lambendo os pés, levando as tralhas.
Rio que revela o brilho da lua,
das estranhas luas de Lucia Flor de Lis.

Lumar e Marquinho 


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Gatilho

Nem sei como sobrevivi ao tiroteio.
Passe de mágica ou talvez, medo.
Só sei que meus pedaços ficaram grudados no parapeito.
Milhares de sonhos se desfazendo.
Nem sei no que me transformei.
Só sei que meu sorriso ficou tosco
e eu mofei.
Lumar(19/04/12)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Perdida em mil pensamentos,
saboreando o gosto do último beijo,
mergulhada no imaginário do amor maior.
De repente, o vácuo, o tombo, o escuro.
De repente....
Flechas cortando o espaço,
raios sem trovão,
choque sem eletricidade,
uivos sem lobos,
medo, espanto, confusão.
O corpo inerte por segundos,
cheiro de morte se avizinha,
frio enrijecendo os músculos.
A água lavando o pranto,
solidão estreitando,
pedaços de vida em preto e branco.
Mais um passo adiante, mais um suspiro,talvez.
No meio de tudo, ainda resta uma luz ínfima.
Em meio ao caos, uma flor desponta.
Sim, ainda há vida.
O viver é latente,
esperar é possível,
sonhar é fundamental.
Estar atenta aos sinais, sempre.
A morte, única certeza e ponto final.

Lumar (11/04/12)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Metade de um bolero

" Que queres tu de mim?"
diz o bolero que toca
no boteco a beira mar.
Na mesa, o copo pela metade....
metade de cerveja, metade de angústia,
metade de buscas, metade de estar.
E me pergunto: que quero eu de mim?
Desfilo no ar minhas loucuras,
minhas atitudes nefastas,
minhas impressões imediatas
do complicado mosaico do viver.
A vida sendo embalada por boleros....
A boca costurada por arames de medo,
os olhos encharcados de lágrimas vermelhas,
as mãos pousadas, os braços cruzados
atitude de resistência a razão.
E tudo que quero é me permitir a liberdade...
Soltar no ar a música suave do vento,
do mar batendo nas pedras, do canto do sabiá.
Soltar gargalhadas de contentamento,
gesticular a dança do tempo,
sorrir com o olhar.
"Que queres tu de mim?"
Não me interessa mais...
Segue teu caminho, me deixa seguir em paz.
Jaz.

Lumar (15/03/12)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Socorro

Como eu comeria Socorro se ela me desse,
Como lhe chuparia se minha boca fosse suficiente.
Como eu queria Socorro me dando socorro e chupando meu pau.
Como queria Socorro virando bicho comigo.

Como seria diferente, se Socorro não fosse crente.

Marquinho Mota

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Língua insana

Minha língua feito lamina
em teu pomo de Adão,
na linha da vida,
te fazendo morrer de tesão.
Minha língua feito pluma,
pousando em teu corpo,
voando por todos os ângulos,
te fazendo servo do meu voar.
Minha língua feito arma,
cheia de munição e idéias,
ferindo, limpando, sorvendo,
fazendo do nosso momento,
flashes, espaço de instante e tempo.
Minha língua feito seta,
tesa, incerta,
cessa na tua língua,
baila na tua boca,
cai em profusão.

Lumar (12/02/12)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Minha Lua Negra

Minha boca no teu corpo:
Seio, pescoço, barriga, pernas...
Percorrendo cada centímetro de tua pele
para saciar minha fome de ti.

Minha língua dentro de ti, sugando teu gosto
te fazendo uivar, minha negra loba no cio.

Meu pau dentro de ti
em um vai e vem frenético
te inundando com meu prazer.

tua boca em mim.
Língua, saliva, boca e...
meu orgasmo em ti.

teu amor na minha vida.
Teu sexo junto ao meu..
Fazendo o que fazemos de melhor.
Minha Eros.


Marquinho Mota

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Tô vendo um mundo de ponta cabeça,
Tô tendo papos sem pé nem cabeça,
esperando que um milagre aconteça e
faça o mundo voltar ao normal.

Ou será que perdemos o eixo depois do tsunami?
Será que vendemos tudo agora e mudamos para Miami?
Será que vamos beber cachaça da bica na boca da cabaça?
o que quer que seja faça agora,
e nunca se cale para sempre.

Agora e nunca tenha pensamentos doentes.
Siga sempre em frente,
e quando der um passo atras,
que seja para tomar impulso.

Sinta seu pulso.
Faça seu pouso.
curta o repouso,
mas volte sempre por aqui.

Sinto que falta algo nesta taberna,
e não é cachaça da bica.

Marquinho Mota

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Movimento

Move o instante,
haste, punho,ponte.
Move, um passo adiante.
Vento que bate na janela,
move o segundo ponto.
Chuva que lava a terra,
move a semente, surge o broto.
Em movimento o tempo,
tudo vai ao longe...
Em tempo, move, move,
move o moinho, sopro.
Tempo que corre, moço.
Tempo que escorre, sofro.
Move o tempo, passo rente,
mente, move, mente.

Lumar (23/01/12)

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Altervendaval

Vento varrendo a madrugada,
folhas voando,
sonhos confusos,
barulho ensurdecedor.
Chuva lavando as ruas,
arrastando areia, pedra,
pau, pensamentos,
lavando a alma,
renovando sentimentos.
Vento de chuva na madrugada,
encharcando o passo,
atolando medos,
revivendo a luz do ser.

Lumar
Luz de lua
derramando prata no rio verde
beijo lunar.

Lumar(lua cheia jan/12)

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Meu amor é um hiato,
juntos e ditos separados.
Meu amor é um vendaval
destroça ao mesmo tempo
sentimento e equilíbrio.
Meu amor é
céu e inferno,
rio e mar,
choro e riso,
terra e ar.
Meu amor é ....
fundamental,imprescindível, vital.
Respiro, como, bebo e vivo
meu amor fatal.
Lumar (27/12/11)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Habita-te

Na minha casa ninguém sua.
Na minha casa todos soam....
Música, vibração, pensamentos.
Na minha casa,
voce sua e eu.... seu.
Na minha casa
o iluminar independe de luz,
independe de ter o sol.
Na minha casa , tudo passa.
Passa o tempo, passa o abismo do ruir.
Passarinhão por baixo,
mergulhão no amanhecer.
Minha casa, portal.
Minha casa, abrigo de sonhos.
Pousada poética de seres de luz.

Lumar(22/12/11)

Ma non troppo

Noites intermináveis, dias enfadonhos.
Espero mais do que ganho, tenho menos que quero.
Sei muito pouco sobre tudo.
Rio quando é pra chorar, choro na hora de gargalhar.
Vivo em simbiose com meus encantamentos e medos.
O sol demora a iluminar meu horizonte e
a lua deixa a minha noite enigmática e surreal..
Dia que não chega, noite que não vai...

Lumar ( 16/12/11)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Umbigo

Hoje estive entre o fogo e o gelo,

entre céu e o mar,

entre o inferno e o paraíso.

Hoje experimentei o sabor do dissabor,

o sabor da amizade,

o sabor do amor maior.

Hoje celebrei a vida em toda sua plenitude.

Percorri todas as minhas possibilidades,

penetrei todos os meus buracos negros.

Relutei ao emergir,

Ar rarefeito, confusão, medo.

Quando se nasce, não se consegue respirar.

Hoje acordei do sonho,

despertei do tombo,

respirei a vida,

respirei o sol,

respirei tu, meu mar.

Lumar

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Todo

Um pedaço de mim está em ti. Outro faz falta.
Um pedaço de mim pede por ti. Outro assalta.
umm pedaço de mim se esconde. Outro ressalta
um pedaço de mim sou eu. Outro é nada.
um pedaço de mi vai a ti. Outro se afasta.
Um pedaço de mim é você. Outro também.

Marquinho Mota

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Destoada

É triste quando o fim do amor é velado.
É triste quando os desencontros são maiores que o esperar.
É triste quando o coração bate em disparada e a razão o faz ocultar.
É triste quando não se tem mais tesão.
Triste se faz o momento.
Triste se faz o existir.
Amor, paixão, sentimentos opostos do não querer sentir.
Triste é o fim.
O fim do tormento de ir.
Lumar

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Falo de corpo e alma, falo pelos cotovelos.
Com os olhos, também falo.
Falo aos quatro ventos, falo com as mãos,
falo na dança do tempo,
no contratempo de falar.
Falo no hiato do pensamento,
falo no silêncio do ato falho.
Só me calo quando dá calo na língua ou
quando minha boca no seu falo está.
Lumar (02/11/11)
Voce é capaz de juntar os pedaços que me tornei depois de te conhecer?
Teu olhar me transformou em cacos caóticos.
Pedaços vários. Amores vários.
Cada parte do teu corpo é um tudo para mim.
Cada pedaço meu é algo meu que falta em ti.
Cada pedaço teu me faz falta.
Cada pedaço teu me assalta.
Cada pedaço teu é o todo que me completa.
Desperta.... Me dá um sopapinho.... Me desperta....
Tenho fé... Tenho fé que anda.
Marquinho Mota

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Por do mar

Como no sonho,
a casa caiada de branco
contrastando com o lilás,
amarelo,verde, das flores do jardim.
O vermelho do sol se pondo
reflete a luz nos teus olhos
escancarados para a vida.
Nossos dedos entrelaçados,
nossos corpos estáticos,
nossas bocas seladas,
só energia, harmonia, amor,
paz, sendo emanados de nosso ser.
Eternizamos o momento do nosso canto,
do nosso encontro,
do nosso êxtase,
perdidos no anoitecer do mar.
Lumar(01/11/11)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Lascivo


Quero me sentir dentro de ti,
Pulsando, indo, vindo
Te possuindo, gozando
e te enchendo do meu prazer.

Quero ter teu gozo em minha boca,
Úmido, quente, latente,
Uivando como uma loba no cio.

Quero meu pau dentro de ti,
Boca, xota, bunda;
Indo, vindo,
Até o fim.

Quero sentir o pulsar do teu grelo,
Na minha língua, boca, saliva
Indo e vindo, até o fim.

Marquinho Mota

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ops

... Ando distraída pela minha vida,
tropeço em minhas memórias e,
caio, sem jeito, na saudade...
(Lumar)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

....

Eu no banho, Você no wisk,
Eu na Luta, você na poesia,
Eu na rua, você na avenida.
Eu em Praga, você em Brega
Eu aqui e você.... quem sabe?
Eu ....
Quero estar contigo.

Marquinho Mota

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Meu coração é seu

Teu coração alimenta minha alma,

o pulsar do teu coração alimenta minha vida

faz meu sangue correr mais rápido em minhas veias e

consubstancia-se no vinho

que embriaga meu ser com teu amor

Teu coração quente,aquece o frio de minha cama.

é o motor que me faz caminhar em direção de teus beijos molhados e de tua existência minha

Teu coração me move todos os dias quando acordo
me faz ter vontade de ser bom, pra te fazer feliz
Teu coração. Meu Coração.
Nós dois

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Down

As unhas cravadas como facas,
cortando a carne, dilacerando músculos,
deixando expostas as entranhas,
arrancando a força o coração.

O corpo sem vestes,sem o fio da vida,
deixa a alma em estado de coma.
Morrem os sonhos,
morre a certeza de existir.

Sem pompas, sem flores nem cetim,
sem beijos de despedida,
sem lenços para enxugar as feridas,
foi rápido e simples assim, feneci.
Lumar ( um dia depois do caos)

De dois pés

Sabe quando voce acha que a vida não tem mais nada para lhe provar?
Pois é, aí ela vem e entra de dois pés.

Fui a nocaute mais uma vez...

Não adianta reclamar e nem chorar pelo fato inesperado.
Só resta a aceitação, e ter coragem e vontade de seguir em frente.
Mesmo que esteja em mil pedaços,
sem a certeza de que vai ter como colar novamente.

Sinto que minha estrada entortou de novo.
Sem avisos, sem placas de advertencia, sem sinalização,
sem folheto explicativo e sem sinal de antídoto.

Então, só me resta hoje, pedir colo....

Para me sentir protegida por segundos.
Para que possa gargalhar do acontecido,
levantar sem lágrimas nos olhos e....
seguir em frente sem medo de ser feliz.

Lumar (12/09/11)

Partindo ao meio

SE EU PARTIR NO MEIO DA TARDE,
NÃO FAÇA ALARDE, ESPERE
VOLTAREI A MEIA NOITE,
POR FAVOR ME AGUARDE

VOLTAREI ANTES DO SOL NASCER;
REGADO DE VINHO E ESPERANÇATRAZENDO A DANÇA
QUE NERUDA ESCEREVEU E EU TE DEI

"... Não te amo como se fosse a rosa de sal, topázio

ou flechas de cravos que propagam o fogo:

Te amo como se amam certas coisas obscuras,

Secretamente, entre a sombra e a alma..."

"SE EU PARTIR AO MEIO, O DIA,

FIQUE COM A METADE DE BAIXO

ONDE TEM O FRESCOR DA MANHÃ

E EU FICAREI COM A OUTRA METADE
DO FIM DA TARDE;
BEM PERTO DO ANOITECER.

NÃO ME ESPERE VOLTAR,
AMANHÃ O SOL NÃO VAI NASCER MAIS

Marquinho Mota

sexta-feira, 9 de setembro de 2011


Jazz em meus ouvidos moucos,
tuas palavras insanas
ditas em línguas mortas.

Teu tiro a queima roupa
me deixou despido de mim.
Pobre cupido
sem preceitoe e sem os pós conceitos....

Meu coração em coma
expõe suas chagas abertas e mais nada.

O que senti por você virou pó,
pó este que cheirei, como cheirei todas as flores
que plantastes pra mim.
Você e Noel Rosa.

Ainda hoje sinto o teu aroma a me assombrar.


Marquinho Mota

Berna


Sou Bernadetes,
De luta, de amor
De causas, de causos,
Da casa, da rua.
De toda cor.

Sou Bernadetes
De corpo e de alma nua.
De Josimo, de menino
Dos rios e das matas
Das passeatas.

Sou Bernadetes
Das putas e bichas
Do 8 de dezembro (Iemanjá)
Do 8 de março.
E por isso eu marcho

Marcho por que não posso parar;
Marcho por que não posso cansar
Marcho, para sempre ser Bernadetes.

Ser Humana – Ser Hermana.

Bjs Berna e Feliz aniversário
De um cara que aprendeu a te respeitar e admirar.
Companheira de Luta

Vida

Navego entre dois rios,
entre dois destinos,
entre paralelos distintos.

Faço rasgos na memória
para entrelaçar sentimentos.
Faço rasgos no tempo
para estreitar momentos.

Navego ao por do sol
para inspirar sonhos,
entre o azul do teu infinito,
entre a margem do teu olhar.

Rasgo o mundo,
risco o vento,
transbordo em tempo
a tempo de te encontrar.

Lumar(26/08/11)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Lasciva

Para saciar minha sede e fome de ti

percorro com minha língua teu corpo inteiro,

despertando teus sentidos e segredos.

Em busca da tua boca a minha se entrega toda

e entre roçar de línguas, viagens ao céu.

Teu corpo meu coberto e no

bailar de mãos, pernas, lençóis... sons diversos...

até que explodes em mim.

Sinto escorrer em minhas entranhas

teu calor, teu viço, teu gozo....

e revivo em meu último suspiro

o prazer de viver teu tudo em mim.

Lumar (02/09/11)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Enigma

Sinto um aperto no peito,

um explodir de repente.

Não é dor, não é solidão,

é um vazio cheio.

Cheio de probabilidades,

de inquietude,de imperfeição,

cheio de medo, angústia,

ansiedade, loucura, tesão.

Não é dor... nem solidão.

É como tempestade.

Lavando a alma, levando mágoas,

fazendo nascer a luz da razão.

Lumar (18/07/11)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A espera

Sonhos coloridos, perfumados,
embalados pelos sons da esperança.
Sonhos continuados, recorrentes,
realistas, tomando o espaço da solidão.
Sonhos com olhos abertos,
no banco de ônibus, no trabalho,
olhando o desabrochar da orquidea no jardim.
Sonhos que fazem o dia mais curto
e a noite iluminada.
Sonhos que perfumam a alma,
sonhos a espera de ti.
Lumar

Invasão

Desculpa,
entrei na sua vida sem pedir licença.
Mas, como seria se tivesse pedido????
Não sei... talvez não tivesse encontrado a porta aberta.
Hoje, simplesmente, estou aqui.
Sentindo seu cheiro no meu travesseiro,
recordando os luares de nossas noites de loucura,
colando nossas imagens em um papel do tempo.
Só quero dizer: obrigada!
Minha vida ficou mais colorida
por ter voce na minha estrada.
Lumar

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mosaico

Quero dizer que ainda pesa em mim
o risco de tua história,
o cheiro do teu sorriso,
o sabor do teu olhar.
Ainda resta o risco da tua essencia,
o embolar do vento nos vãos dos nossos corpos,
o som do silencio depois do bem estar.
Quero dizer que em mim,
ainda resta o mosaico de emoções vividas.
Ainda resta o gosto de amor no respirar.
Lumar

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Espiral do tempo

De repente minha insegurança,

me faz dançar em cima da mesa de jantar.

De repente minha insanidade,

me faz dobrar a esquina sem olhar o carro a passar.

De repente meu querer louco,

torna-se o leme da minha vida.

De repente me vejo num turbilhão,

envolvida pelos finos fios do medo.

De repente não sou mais eu,

somos nós dois no espiral do tempo.

De repente, assim se fez.

Lumar(05/07/11)