Perdida em mil pensamentos,
saboreando o gosto do último beijo,
mergulhada no imaginário do amor maior.
De repente, o vácuo, o tombo, o escuro.
De repente....
Flechas cortando o espaço,
raios sem trovão,
choque sem eletricidade,
uivos sem lobos,
medo, espanto, confusão.
O corpo inerte por segundos,
cheiro de morte se avizinha,
frio enrijecendo os músculos.
A água lavando o pranto,
solidão estreitando,
pedaços de vida em preto e branco.
Mais um passo adiante, mais um suspiro,talvez.
No meio de tudo, ainda resta uma luz ínfima.
Em meio ao caos, uma flor desponta.
Sim, ainda há vida.
O viver é latente,
esperar é possível,
sonhar é fundamental.
Estar atenta aos sinais, sempre.
A morte, única certeza e ponto final.
Lumar (11/04/12)
quinta-feira, 12 de abril de 2012
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