Sinto falta de uma estrela,
da tua boca,
de uma mulher.
Sinto falta de borboletas,
de umas tretas,
do que vier.
Sinto falta de bruxas,
de luas,
de polissílabos no liquidificador.
Sinto falta do cheiro,
do dinheiro,
do estalo,
do queimar.
Sinto falta da banda,
do todo,
do som,
do sóbrio.
Sinto falta do gosto,
de agosto,
do desgosto,
do desejar.
Sinto falta da alma,
da calma,
do elmo ,
do Ilmo Sr.,
da mulher que no molho me molha de colher.
Sinto falta de papel para escrever,
sinto falta.
Ainda bem que existem vestidos soltos pela cama.
Marquinho Mota, sentindo falta.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
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