quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Banquete da Carne

O corpo em fuga pela cidade crua,
mas suas pernas não correspondem mais.
Seu cérebro endurecido pelo ódio e miséria.
Suas pernas sucumbem pelo cansaço,
e o corpo cai pelo impacto da bala perdida.

O festival de abutres no grande banquete da carne.
As vísceras sendo disputadas como medalhas,
expostas na grande vitrine da vida ou da morte.
Já não resta esperança, nem dor, nem cansaço.
Só restos de pele e carne...

Sem nome, sem identidade, sem espírito.
Restos mortais de um ser.
Ser sem sonhos, sem glórias, sem vitórias.
Vítima da fome, do medo, do vício..
Do vício de tentar viver.


Lumar (29/10/08)

Um comentário:

Unknown disse...

Esse blog tá bombando!
Para pessoas sensíveis e especiais o sucesso é inevitável...
Para você lú, desejo ainda mais sucesso e o dobro de felicidades.
Seus poemas estão melhores a cada dia e sua poesia é inabalável!
Parabéns!
Para o Marquinho, conto os meus desejos e elogios direto no ouvido dele... rsrsrs