Minhas mãos no escuro
usam teu corpo como vetor
a procura da tua alma.
Tentam encontrar respostas
para perguntas que ninguém quer responder.
Minhas mãos não falam braile,
minhas mãos não se calam,
minhas mãos e meus calos não sabem o que dizer
porque não conhecem as respostas
pelo menos até o amanhecer.
Minhas mãos não constroem mais
aquilo que teus olhos não enxergam,
minhas mãos não tocam os teus sonhos,
minhas mãos se tornam insanas.
Minhas mãos por mais difícil que seja
abrem uma cerveja e escrevem esse poema pra ti.
O meu tato ainda vai te levar ao teto,
e nesse momento o que é concreto vai se tornar abstrato
e minhas mãos já não produzem flores tão belas quanto antes.
Marquinho Mota
segunda-feira, 24 de maio de 2010
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