Sentada na varanda do rio,
observo a vida que se faz lá fora.
Entre folhas, areia, barcos e caminhos
homens passam sozinhos
os obscuros tentáculos do prazer.
Inconfundíveis os risos,
escaldantes os sentidos do ser.
Sentada na varanda do rio,
com o sorriso do gato de Alice escancarado no céu,
me pego imaginando o quanto meu sorriso
se escancararia em tua boca vermelha,
sem o molde desses sorrisos
plastificados, brancos e patéticos
de políticos corruptos, rotos e desonestos.
E continuo sentada na varanda do rio,
observando o mundo adverso.
Lumar (14/09/10)
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