A carne cortada em mil pedaços,
o corpo inerte...
Sem lágrimas, sem flores,
sem cantos, sem lamentos.
Tudo tão previsível,
tudo sem sentido,
tudo tão sem cor,
sem espaço, sem tempo.
Flechas rasgando o óbvio,
brechas vazando o ser,
o sangue escorrendo lento,
deixando o vento secar, ceder.
Relógios marcando
sempre a mesma hora,
de um mesmo dia,
uma sexta feira da paixão.
Silêncio ao redor de tudo,
busco o termo preciso,
obscuro? não...
Impreciso, indefinível.
A vida sem previsões,
a vida surpreendendo,
sorrindo sempre
a cada amanhecer.
E o corpo já não mais sente dor.
Lumar(04/01/11)
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Rendição
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