Tem dia que doi tanto , que era melhor não ter nascido.
O ar é denso em minhas narinas,
a luz queima minhas retinas
e a saudade que eu sinto do tempo que nunca existiu
doi tanto na minha carne,
como aquele dia que não deveria ter nascido.
Tem dia em que a única diferença entre viver e morrer
é só o verbo.
Verbo que não se fez carne.
Um verbo que virou verba.
Um verbo que reverbera com tanta dor
que doi tanto como aquele dia que não deveria ter nascido.
E neste dia que não deveria ter nascido
você descobre queo gênio da lâmpada
é tão possessivo
quanto uma tomada de decisão,
em 110 ou 220, tanto faz,
por que esse dia tá foda mano.
Marquinho Mota
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário