quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Só saudade

Como se não houvesse lugar nenhum.
Nenhum instante.
Rancor, penar, não sinto.

Sinto somente o ar.

Não há brisa, não há luar.
Só a luz que pisca amarela,
como se não quisesse iluminar.

Noite escura,
de bola na caçapa,
sem capa, a caça.

O celular insistente,
o barulho no lugar da voz,
e o dedo a teclar à distancia.

O copo vazio,
papéis rabiscados pelo chão.
O corpo meio estático, frio.

A retina sem nenhuma cor,
ausência de sorriso,
e a saudade à explodir dor.

Lembranças povoam a solidão,
a alma à espera da costura dos sonhos,
tentando conciliar a loucura de estar são.

Lumar(22/09/09)

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