Ainda resta um lugar pra onde ir,
Ainda resta um pôr do sol pra assistir.
Ainda resta uma vontade.
Ainda resta um arco íris pra botar mais cor.
Ainda resta uma saudade.
Ainda resta um caminho pra trilhar.
Ainda resta uma boca pra beijar,
Ainda resta...
Ainda resta um gole de cerveja,
ainda resta uma inspiração que diga: Escreva.
Ainda resta boa noite.
Ainda resta esperança.
Ainda resta um andar cambaleante de criança.
E ainda resta R$1,00.
Lú e Marquinho Mota (27/11/08)
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Sangue Azul
Não sou parente de caneta.
Não vivo na sombra,
Nem bebo água fresca.
Meu ouro não veio de berço,
Nem sei quem é meu pai.
E aí mano:
Tá pensando que é fácil ser maluco??
Marquinho Mota
Não vivo na sombra,
Nem bebo água fresca.
Meu ouro não veio de berço,
Nem sei quem é meu pai.
E aí mano:
Tá pensando que é fácil ser maluco??
Marquinho Mota
Dolor
A dor não sangra,
Ela simplesmente explode, ecoa,
E esvai a calma.
A dor não para, difunde extremos,
desfaz ilusões e acaba com o medo.
A dor não cala, se expande,
Se retrai e se expande.
Acaba a calma,
Acaba o sorriso,
Acaba o corpo,
Acaba o tudo.
O tudo do nada.
A dor....
Lumar(27/11/08)
Ela simplesmente explode, ecoa,
E esvai a calma.
A dor não para, difunde extremos,
desfaz ilusões e acaba com o medo.
A dor não cala, se expande,
Se retrai e se expande.
Acaba a calma,
Acaba o sorriso,
Acaba o corpo,
Acaba o tudo.
O tudo do nada.
A dor....
Lumar(27/11/08)
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Cú da Gia
O que é mais estranho?
O desvio de verba ou o cú da gia?
A cobrança de postura ou o escancaramento de ser?
O que se ganha de forma ilícita ou o que se perde por ingenuidade?
O baile formado por 5% ou a festa da vaquinha?
Pois é, e ainda tem o garoto com fome que conta moedinha.
E ainda tem a garota de olho triste que troca seu corpo por um prato de comida.
E ela sendo a comida......
E ainda tem o sorriso roto, o arroto, o gosto de esgoto.
O que é mais estranho?
A empada sem azeitona,
O bolo sem a cereja,
A pizza emborrachada,
O açaí com grânola,
Ou a cueca recheada de dólar?
Ou mais e mais crianças se matando nas escolas.
Ou o cara que diz que ama e mata.
Será que vivemos o retrocesso da humanidade?
Ou vivemos apenas com um resquício de esperança,
num mundo que, a passos largos, volta a viver numa barbárie caos?
Lumar (22/11/08)
O desvio de verba ou o cú da gia?
A cobrança de postura ou o escancaramento de ser?
O que se ganha de forma ilícita ou o que se perde por ingenuidade?
O baile formado por 5% ou a festa da vaquinha?
Pois é, e ainda tem o garoto com fome que conta moedinha.
E ainda tem a garota de olho triste que troca seu corpo por um prato de comida.
E ela sendo a comida......
E ainda tem o sorriso roto, o arroto, o gosto de esgoto.
O que é mais estranho?
A empada sem azeitona,
O bolo sem a cereja,
A pizza emborrachada,
O açaí com grânola,
Ou a cueca recheada de dólar?
Ou mais e mais crianças se matando nas escolas.
Ou o cara que diz que ama e mata.
Será que vivemos o retrocesso da humanidade?
Ou vivemos apenas com um resquício de esperança,
num mundo que, a passos largos, volta a viver numa barbárie caos?
Lumar (22/11/08)
S.M.S.
Se tudo é adequação na forma simples de dizer sim ou não,
O que importa se minhas mãos tremem e meu rosto empalidece?
Esse é um jogo de peças marcadas, jogo de precisão.
Somos todos peças de um mesmo jogo.
Em todos os passos dados, como todos os dados viciados,
com nossos vícios escancarados, entre os perdidos e achados.... Amém!
Olhando a folha seca que na noite nos faz refém,
E quem se importa se minhas mãos tremem e meu rosto empalidece?
Lú e Marquinho (22/11/08)
O que importa se minhas mãos tremem e meu rosto empalidece?
Esse é um jogo de peças marcadas, jogo de precisão.
Somos todos peças de um mesmo jogo.
Em todos os passos dados, como todos os dados viciados,
com nossos vícios escancarados, entre os perdidos e achados.... Amém!
Olhando a folha seca que na noite nos faz refém,
E quem se importa se minhas mãos tremem e meu rosto empalidece?
Lú e Marquinho (22/11/08)
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
terça-feira, 25 de novembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Minha poesia não é amor
Mas hostilidade
Hostilidade que me revela
E que leva para longe
Toda a doce ilusão do que poderia ser viver.
Hostilidade que me revira do avesso
E me faz arrastar correntes pelas paredes nuas
“e lembrar do tempo em que eu sentia alguma luz.”
Do tempo que não precisava de leme,
Bastava sentir o vento.
Minha poesia é hostilidade a tudo isso que está aí.
Lú e Marquinho Mota
Mas hostilidade
Hostilidade que me revela
E que leva para longe
Toda a doce ilusão do que poderia ser viver.
Hostilidade que me revira do avesso
E me faz arrastar correntes pelas paredes nuas
“e lembrar do tempo em que eu sentia alguma luz.”
Do tempo que não precisava de leme,
Bastava sentir o vento.
Minha poesia é hostilidade a tudo isso que está aí.
Lú e Marquinho Mota
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Fim de tarde!
Olhando a tarde que se vai pela janela,
Deixando tudo com um vermelho acobreado.
Deixando a vida meio morna,
Deixando minha alma confusa.
Olhando o rio correndo lento,
Parecendo ter preguiça de chegar em algum lugar.
Fazendo com que a vida se torne longa,
Fazendo que eu me sinta estranha,
diante de tudo que tenho a fazer.
Olhando a vida pela janela,
Deixando-a vermelho acobreada,
Morna, lenta, estranha,
Permitindo enfado, tédios, colapsos depressivos...
Permitindo sonhos entrecortados com pesadelos.
Sem duendes, sem cavaleiro andante, sem príncipe encantado,
Sem bruxos, magos, feiticeiros.
E continuo olhando a tarde da vida que se vai ao longo do rio pela janela.
Lumar (19/11/08)
Deixando tudo com um vermelho acobreado.
Deixando a vida meio morna,
Deixando minha alma confusa.
Olhando o rio correndo lento,
Parecendo ter preguiça de chegar em algum lugar.
Fazendo com que a vida se torne longa,
Fazendo que eu me sinta estranha,
diante de tudo que tenho a fazer.
Olhando a vida pela janela,
Deixando-a vermelho acobreada,
Morna, lenta, estranha,
Permitindo enfado, tédios, colapsos depressivos...
Permitindo sonhos entrecortados com pesadelos.
Sem duendes, sem cavaleiro andante, sem príncipe encantado,
Sem bruxos, magos, feiticeiros.
E continuo olhando a tarde da vida que se vai ao longo do rio pela janela.
Lumar (19/11/08)
GENUFLEXÓRIO.
... E AS FERIDAS JÁ NÃO SARAM MAIS COM TANTA EFICIÊNCIA.
O MEU VÍCIO OBRIGA-ME A VENDER O MEU CORPO NA ESQUINA
E MINHA MENTE NAS IGREJAS.
PEQUEI PORQUE ACHEI
QUE O PECADO ME FARIA FORTE.
... E MINHAS MÃOS JÁ NÃO PRODUZEM FLORES TÃO BELAS QUANTO ANTES.
E O BRILHO DO MEU DELÍRIO
PERMANECE OPACO
COMO O BRILHO TRISTE
DA MAIS TRISTE ESTRELA
QUE BRILHA DENTRO DOS MEUS OLHOS.
...E AS FERIDAS NÃO SÃO MAIS AS MESMAS
NÃO SEI POR QUE NA MINHA RUA
AS PESSOAS NÃO SE FALAM MAIS
E O CIRCO QUE EXISTIA DENTRO DE NÓS
É TÃO SOMENTE AGORA
UMA VELHA LONA ABANDONADA.
...E AS CICATRIZES AINDA SÃO IGUAIS.
É O MEU SANGUE QUE ROLA
PELO FURO DA BALA.
SÃO IDÉIAS VAZIAS
CAINDO NA VALA.
MINHAS MÃOS TRÊMULAS
TENTAM SEGURAR TUA FALA.
É UM FUMO QUE BOLA,
É UMA LATA DE COLA
NO MEIO DA SALA.
E EU SOU O ANJO QUE DORME,
QUE VIVE E QUE MORRE
NA TUA CALÇADA.
...E AS CICATRIZES JÁ NÃO SE FECHAM MAIS.
MARQUINHO MOTA
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Tem dias na vida que não vale a pena ser vivido.
Doi o pé, doi o bolso, doi a dor de estar vivo.
Tem dias na vida,que me bastaria ter,
Um metro de corda,
Uma cachaça,
E um banquinho.
Caminhos dificies de andar,
Estrada sem a luz do luar,
Meu corpo sem teu carinho...
Eu quero muito hoje,
Um metro de corda,
Uma cachaça,
E um banquinho.
Do outro lado da rua,
O velho olha pela janela,
Falta feijão, falta arroz,
Falta carne na panela...
E pra quem vive sozinho,
Tem dias que só mesmo tendo,
Um metro de corda,
Uma cachaça,
E um banquinho.
Marquinho Mota
Doi o pé, doi o bolso, doi a dor de estar vivo.
Tem dias na vida,que me bastaria ter,
Um metro de corda,
Uma cachaça,
E um banquinho.
Caminhos dificies de andar,
Estrada sem a luz do luar,
Meu corpo sem teu carinho...
Eu quero muito hoje,
Um metro de corda,
Uma cachaça,
E um banquinho.
Do outro lado da rua,
O velho olha pela janela,
Falta feijão, falta arroz,
Falta carne na panela...
E pra quem vive sozinho,
Tem dias que só mesmo tendo,
Um metro de corda,
Uma cachaça,
E um banquinho.
Marquinho Mota
A noite teus olhos sombrios,
Os dentes escarnados em busca de sangue.
Vampirismo, exorcismo, exatidão..
Procura de nada, em busca de tudo,
Enfim, o fim....
E o nada se faz com toda precisão,
Que o sim se faz não,
E a solidão!
No dia teu beijo me acorda,
Teu cheiro me chama pra vida.
Teus lábios molhados,
Teu suor salgado,
Me trazem a luz, querida.
E o sim se faz pleno,
Perfeito, nas suas mãos.
A noite meu sono não vem.
E meus sonhos estão além daqui.
Sensações estranhas,
Manias, manhas,
Nada que me faça dormir.
Quero Sodoma e Gomorra,
Máfia da Camorra,
E nunca comente isso com ninguém,
É o fim!
Lú e Marquinho (17/11/08)
Os dentes escarnados em busca de sangue.
Vampirismo, exorcismo, exatidão..
Procura de nada, em busca de tudo,
Enfim, o fim....
E o nada se faz com toda precisão,
Que o sim se faz não,
E a solidão!
No dia teu beijo me acorda,
Teu cheiro me chama pra vida.
Teus lábios molhados,
Teu suor salgado,
Me trazem a luz, querida.
E o sim se faz pleno,
Perfeito, nas suas mãos.
A noite meu sono não vem.
E meus sonhos estão além daqui.
Sensações estranhas,
Manias, manhas,
Nada que me faça dormir.
Quero Sodoma e Gomorra,
Máfia da Camorra,
E nunca comente isso com ninguém,
É o fim!
Lú e Marquinho (17/11/08)
Nós os nós
Um dia, um amor, um lugar.
Uma noite, nós dois, o amor.
Um sorriso, um olhar,uma esperança.
As mãos, o corpo, o tudo em mim.
Um lugar desconhecido, meu corpo em detalhes e descoberto.
Teu carinho.....
Teus lábios roçando meus seios,
Me elevando, te revelando.
Nós perdidos numa noite sem nós....
Nós perdidos numa noite a sós....
Nós desatando nós.
Lumar (17/11/08)
Uma noite, nós dois, o amor.
Um sorriso, um olhar,uma esperança.
As mãos, o corpo, o tudo em mim.
Um lugar desconhecido, meu corpo em detalhes e descoberto.
Teu carinho.....
Teus lábios roçando meus seios,
Me elevando, te revelando.
Nós perdidos numa noite sem nós....
Nós perdidos numa noite a sós....
Nós desatando nós.
Lumar (17/11/08)
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
A terra é azul, Gagarin.
O tesão é azul, Pfizer.
A realidade é azul, Neo.
A fase é azul, Rodin
E tudo de ruim se perde quando se mergulha na imensidão do azul...
No azul do infinito dos olhos de quem se ama;
No azul do infinito de quando a lua chega
No infinito... na imensidão
Mas tudo acaba no vermelho
Dos olhos azuis assassinos
No vermelho da vergonha escancarada da injustiça, da covardia
No vermelho do sangue que escorre da garganta dos excluídos
No vermelho do sangue que bombeia o coração de tudo.
Tudo é azul,
Mas sempre termina no vermelho
Do sangue que pulsa no coração.
Lúcia e Marquinho.
O tesão é azul, Pfizer.
A realidade é azul, Neo.
A fase é azul, Rodin
E tudo de ruim se perde quando se mergulha na imensidão do azul...
No azul do infinito dos olhos de quem se ama;
No azul do infinito de quando a lua chega
No infinito... na imensidão
Mas tudo acaba no vermelho
Dos olhos azuis assassinos
No vermelho da vergonha escancarada da injustiça, da covardia
No vermelho do sangue que escorre da garganta dos excluídos
No vermelho do sangue que bombeia o coração de tudo.
Tudo é azul,
Mas sempre termina no vermelho
Do sangue que pulsa no coração.
Lúcia e Marquinho.
Acordo mal feito
Esta tb é do Marcondes.
Acordo Mal Feito.
Nossa vida foi sempre assim:
Eu cobrando dela e ela cobrando de mim
Um acordo entre nós foi feito
Ela disse: me acompanharás
Mas só se for desse jeito.
E quando eu sorrir sorrirás comigo
E quando chorar chorarei contigo.
Porém com o passar do tempo
e a poeira que trás o vento
o trato por nós acertado
aos poucos foi arruinado
O que fazer? Posso pensar....
O que começou com cobrança,
só pode terminar errado.
Marcondes Correia.
Acordo Mal Feito.
Nossa vida foi sempre assim:
Eu cobrando dela e ela cobrando de mim
Um acordo entre nós foi feito
Ela disse: me acompanharás
Mas só se for desse jeito.
E quando eu sorrir sorrirás comigo
E quando chorar chorarei contigo.
Porém com o passar do tempo
e a poeira que trás o vento
o trato por nós acertado
aos poucos foi arruinado
O que fazer? Posso pensar....
O que começou com cobrança,
só pode terminar errado.
Marcondes Correia.
Falta de eclipse.
Esta é de um grande amigo da gente aqui do blog. Aproveitem, pois ela foi feita sob a inspiração da lua cheia. Valeu Marcondes.
Falta de eclipse.
Pedi em casamento a lua
Estava ela no céu
E eu na rua
Disse-me ela: “caso contigo,
Mas da aprovação de outro
Astro preciso.
O sol é meu amante antigo,
encontro-me com ele
Só ocasionalmente, mas
Troca-lo-ei por ti se
Estiveres sempre presente.”
Marcondes Correia.
Falta de eclipse.
Pedi em casamento a lua
Estava ela no céu
E eu na rua
Disse-me ela: “caso contigo,
Mas da aprovação de outro
Astro preciso.
O sol é meu amante antigo,
encontro-me com ele
Só ocasionalmente, mas
Troca-lo-ei por ti se
Estiveres sempre presente.”
Marcondes Correia.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Cuíra
Olha, coça, ri,
finge que dorme, engole seco, se mexe.
Olha, coça, ri o sorriso do Coringa,
levanta, anda, toma água,
pergunta besteira,
deita, olha, coça e ri........
Égua da cuíra, mano.
Lumar(13/11/08)
finge que dorme, engole seco, se mexe.
Olha, coça, ri o sorriso do Coringa,
levanta, anda, toma água,
pergunta besteira,
deita, olha, coça e ri........
Égua da cuíra, mano.
Lumar(13/11/08)
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
APENAS ISSO
Amor que me faz feliz
Amor que é tudo que eu sempre quis.
Amor que eu chamo de meu,
Amor que em mim nasceu e cresceu.
Amor que eu quero ter,
Amor que afaga meu ser.
Amor que me acalma,
Amor que faz sorrir minh'alma.
Amor que me seduz,
Amor que em nada me reduz.
Amor que eu sempre quero,
Amor que por fim eu espero.
Amor que me encanta nua,
Amor na sombra da lua.
Amor, apenas isso.
Marquinho Mota.
Amor que é tudo que eu sempre quis.
Amor que eu chamo de meu,
Amor que em mim nasceu e cresceu.
Amor que eu quero ter,
Amor que afaga meu ser.
Amor que me acalma,
Amor que faz sorrir minh'alma.
Amor que me seduz,
Amor que em nada me reduz.
Amor que eu sempre quero,
Amor que por fim eu espero.
Amor que me encanta nua,
Amor na sombra da lua.
Amor, apenas isso.
Marquinho Mota.
No fio da navalha....
A equilibrista entra no picadeiro,
sob aplausos e assovios longos.
Começa a subir as escadas para o topo da lona.
No ar denso de fumaça e tensão,
Seus olhos se acostumam com a escuridão e medo.
E sem rede de proteção, sem apoio para as mãos,
Ela começa a sua caminhada, que não é uma linha,
E sim um fio de navalha, afiada e vazia.
Suspiros, suspense, indagações...
Atravessará ela ou não?
O medo a encoraja, a sobrevivência lhe embala,
Tremendo seus pés se vão...
E de repente como se fosse sua amiga e confidente,
Uma serpente se faz presente para enfim ser seu bastão,
Sua guia de mão.
Mas a serpente de repente entre suas pernas se enfia,
Roçando, se esgueirando, tirando sua atenção.
E ela não sabe se confia ou se grita,
De medo, de loucura, de ilusão,
Não quer simplesmente acabar no chão.
Seus pés sangram, sua cabeça gira,
E ela totalmente sem visão.
A platéia grita enlouquecida,
Onde vai parar a equilibrista,
Onde sua vida vai dar?
Enfim uma luz brilha quente e colorida,
E a equilibrista louca de dor, se atira confiante.
E a platéia enlouquecida grita,
Aplaude e assovia...
Viva a vida da equilibrista errante!!!!!!
Lumar (11/11/08)
sob aplausos e assovios longos.
Começa a subir as escadas para o topo da lona.
No ar denso de fumaça e tensão,
Seus olhos se acostumam com a escuridão e medo.
E sem rede de proteção, sem apoio para as mãos,
Ela começa a sua caminhada, que não é uma linha,
E sim um fio de navalha, afiada e vazia.
Suspiros, suspense, indagações...
Atravessará ela ou não?
O medo a encoraja, a sobrevivência lhe embala,
Tremendo seus pés se vão...
E de repente como se fosse sua amiga e confidente,
Uma serpente se faz presente para enfim ser seu bastão,
Sua guia de mão.
Mas a serpente de repente entre suas pernas se enfia,
Roçando, se esgueirando, tirando sua atenção.
E ela não sabe se confia ou se grita,
De medo, de loucura, de ilusão,
Não quer simplesmente acabar no chão.
Seus pés sangram, sua cabeça gira,
E ela totalmente sem visão.
A platéia grita enlouquecida,
Onde vai parar a equilibrista,
Onde sua vida vai dar?
Enfim uma luz brilha quente e colorida,
E a equilibrista louca de dor, se atira confiante.
E a platéia enlouquecida grita,
Aplaude e assovia...
Viva a vida da equilibrista errante!!!!!!
Lumar (11/11/08)
RAP-IN-NHO
Tem muita gente neste mundo
que não sabe o que quer,
tem mulher que quer ser homem
e homem que quer ser mulher,
tem quem prefira ouvir Calypso
do que um bom disco de Tom Zé
Tem preto que vira branco
tem cobra que quer ter pé
Ateu que crê em deus
cristão que não tem fé
bezerro que não gosta de leite
Paulista que não bebe café.
Tem muita gente gente neste mundo
que não sabe o que quer
Tem gente que é vascaino,
flamenguita e paulistano
mas que na verade
gostaria de ser corinthiano....
Tem gente que fala de amor,
que vive de amor
que acredita no amor...
mas é gente que eu não boto fé,
porque tem muita gente neste mundo
que não sabe o que quer.
Não boto fé na miséria
não quero sumir na maré
acredito em cada um
Jorge, Nívia, Marilena,
Mônica, Guadalupe e André
Tirando estes viventes,
acreditem minha gente,
Tem muita gente neste mundo
que não sabe o que quer
Tem gente que vive de poesia,
tem gente que vive pensando em dinheiro
fazendo a alegria dos porcos capitalistas,
mas podes crer meu irmão
que da minha ideologia eu não arredo pé ,
por que tem muita gente neste mundo
que não sabe o que quer.
Mas acima de tudo minha gente
é preciso amar ou não é?
É preciso viver feliz,
falar "isso foi eu quem fiz",
viver como Jorge e Ruth
até hoje marido e mulher
pois acredite tio Raimundo
Tem muita gente neste mundo
Que não sabe o que quer.
Jorginho e Marquinho Mota
que não sabe o que quer,
tem mulher que quer ser homem
e homem que quer ser mulher,
tem quem prefira ouvir Calypso
do que um bom disco de Tom Zé
Tem preto que vira branco
tem cobra que quer ter pé
Ateu que crê em deus
cristão que não tem fé
bezerro que não gosta de leite
Paulista que não bebe café.
Tem muita gente gente neste mundo
que não sabe o que quer
Tem gente que é vascaino,
flamenguita e paulistano
mas que na verade
gostaria de ser corinthiano....
Tem gente que fala de amor,
que vive de amor
que acredita no amor...
mas é gente que eu não boto fé,
porque tem muita gente neste mundo
que não sabe o que quer.
Não boto fé na miséria
não quero sumir na maré
acredito em cada um
Jorge, Nívia, Marilena,
Mônica, Guadalupe e André
Tirando estes viventes,
acreditem minha gente,
Tem muita gente neste mundo
que não sabe o que quer
Tem gente que vive de poesia,
tem gente que vive pensando em dinheiro
fazendo a alegria dos porcos capitalistas,
mas podes crer meu irmão
que da minha ideologia eu não arredo pé ,
por que tem muita gente neste mundo
que não sabe o que quer.
Mas acima de tudo minha gente
é preciso amar ou não é?
É preciso viver feliz,
falar "isso foi eu quem fiz",
viver como Jorge e Ruth
até hoje marido e mulher
pois acredite tio Raimundo
Tem muita gente neste mundo
Que não sabe o que quer.
Jorginho e Marquinho Mota
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Finito Corpo
Olhos vendados, mãos atadas,
E o medo ali.
Pernas quebradas, corpo dobrado,
E a violência ali.
Costas lanhadas, mente esgotada,
E o medo continua ali.
E a ferida exposta, aberta....
Expelindo sangue, mágoa, dor, podridão.
Expelindo tudo que não foi processado,
Desespero por não ter sido amado,
Incompreendido, combalido, injustiçado.
O corpo convulsionando,
A respiração entrecortada e ofegante,
O mundo girando devagar, parando.
A visão de tudo que era em vida,
O brilho da faca, o risco tecido,
O riso perdido, o dente encardido,
Apagou a luz, finito.
Lumar (11/11/08)
E o medo ali.
Pernas quebradas, corpo dobrado,
E a violência ali.
Costas lanhadas, mente esgotada,
E o medo continua ali.
E a ferida exposta, aberta....
Expelindo sangue, mágoa, dor, podridão.
Expelindo tudo que não foi processado,
Desespero por não ter sido amado,
Incompreendido, combalido, injustiçado.
O corpo convulsionando,
A respiração entrecortada e ofegante,
O mundo girando devagar, parando.
A visão de tudo que era em vida,
O brilho da faca, o risco tecido,
O riso perdido, o dente encardido,
Apagou a luz, finito.
Lumar (11/11/08)
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Fênix Dourada
Observo a poeira em suspensão
No feixe de luz que atravessa o quarto.
assim como eu,
Enfado.
Sonhos que não se fazem,
Tristeza que não se vai.
Observo a poeira em suspensão
No feixe de luz que atravessa o quarto.
Assumo a rédea da minha vida,
Tomo - a em minha mão,
Escancaro a janela,
E grito: Refaço.
Não sou mais marionete,
Não sou mais quem não se conhece,
Não sou mais quem pede vida,
Simplesmente: Renasço.
Lumar (10/11/08)
No feixe de luz que atravessa o quarto.
assim como eu,
Enfado.
Sonhos que não se fazem,
Tristeza que não se vai.
Observo a poeira em suspensão
No feixe de luz que atravessa o quarto.
Assumo a rédea da minha vida,
Tomo - a em minha mão,
Escancaro a janela,
E grito: Refaço.
Não sou mais marionete,
Não sou mais quem não se conhece,
Não sou mais quem pede vida,
Simplesmente: Renasço.
Lumar (10/11/08)
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Noite sem fim
Quando chega a noite tenho um encontro marcado com a solidão.
Solidão de pessoas;
Solidão de palavras;
Solidão de verdade;
Solidão que só trás saudades;
Quando chega a noite vou jantar com a indiferença.
Indiferença que fere;
Indiferença que mata;
Indiferença que amordaça;
Indiferença que faz doer o coração.
Quando chega a noite durmo com o desprezo.
Desprezo que corroi;
Desprezo que machuca;
Desprezo que não fala;
Desprezo que dói.
Quando chega a noite, tenho vontade que não amanheça,
Por que esta é uma daquelas noites que nunca chegam ao fim.
Marquinho Mota
Solidão de pessoas;
Solidão de palavras;
Solidão de verdade;
Solidão que só trás saudades;
Quando chega a noite vou jantar com a indiferença.
Indiferença que fere;
Indiferença que mata;
Indiferença que amordaça;
Indiferença que faz doer o coração.
Quando chega a noite durmo com o desprezo.
Desprezo que corroi;
Desprezo que machuca;
Desprezo que não fala;
Desprezo que dói.
Quando chega a noite, tenho vontade que não amanheça,
Por que esta é uma daquelas noites que nunca chegam ao fim.
Marquinho Mota
terça-feira, 4 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Espelho da Alma
Olhos pedintes, olhos famintos, olhos na escuridão.
Olhos que sofrem, que choram, que suplicam, olhos do furacão.
Olhos que rastreiam, que vagueiam, que espreitam o que há por vir.
Olhos que odeiam, que incendeiam, que implodem sentimentos de ser.
Olhos que não vêem, que não sentem, que serpenteiam feridas e estopins.
Olhos que secam, que flecham, que matam só por não existir.
Olhos espelhos da alma,
Olhos do fundo do poço......
Lumar (03/11/08)
Olhos que sofrem, que choram, que suplicam, olhos do furacão.
Olhos que rastreiam, que vagueiam, que espreitam o que há por vir.
Olhos que odeiam, que incendeiam, que implodem sentimentos de ser.
Olhos que não vêem, que não sentem, que serpenteiam feridas e estopins.
Olhos que secam, que flecham, que matam só por não existir.
Olhos espelhos da alma,
Olhos do fundo do poço......
Lumar (03/11/08)
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