A equilibrista entra no picadeiro,
sob aplausos e assovios longos.
Começa a subir as escadas para o topo da lona.
No ar denso de fumaça e tensão,
Seus olhos se acostumam com a escuridão e medo.
E sem rede de proteção, sem apoio para as mãos,
Ela começa a sua caminhada, que não é uma linha,
E sim um fio de navalha, afiada e vazia.
Suspiros, suspense, indagações...
Atravessará ela ou não?
O medo a encoraja, a sobrevivência lhe embala,
Tremendo seus pés se vão...
E de repente como se fosse sua amiga e confidente,
Uma serpente se faz presente para enfim ser seu bastão,
Sua guia de mão.
Mas a serpente de repente entre suas pernas se enfia,
Roçando, se esgueirando, tirando sua atenção.
E ela não sabe se confia ou se grita,
De medo, de loucura, de ilusão,
Não quer simplesmente acabar no chão.
Seus pés sangram, sua cabeça gira,
E ela totalmente sem visão.
A platéia grita enlouquecida,
Onde vai parar a equilibrista,
Onde sua vida vai dar?
Enfim uma luz brilha quente e colorida,
E a equilibrista louca de dor, se atira confiante.
E a platéia enlouquecida grita,
Aplaude e assovia...
Viva a vida da equilibrista errante!!!!!!
Lumar (11/11/08)
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
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