Olhos vendados, mãos atadas,
E o medo ali.
Pernas quebradas, corpo dobrado,
E a violência ali.
Costas lanhadas, mente esgotada,
E o medo continua ali.
E a ferida exposta, aberta....
Expelindo sangue, mágoa, dor, podridão.
Expelindo tudo que não foi processado,
Desespero por não ter sido amado,
Incompreendido, combalido, injustiçado.
O corpo convulsionando,
A respiração entrecortada e ofegante,
O mundo girando devagar, parando.
A visão de tudo que era em vida,
O brilho da faca, o risco tecido,
O riso perdido, o dente encardido,
Apagou a luz, finito.
Lumar (11/11/08)
terça-feira, 11 de novembro de 2008
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