Enquanto todas criaturas desesperadas,
sem saber o que fazer
dão murro em ponta de faca,
eu sou a faca.
As mãos que batem criam cicatrizes,
a faca entorta e cria falhas.
As mãos moldam,
a faca corta.
A mão tem tato,
a faca é cega.
A mão ampara,
a faca mata.
Enquanto todos dão murro em ponta de faca,
eu me escondo na bainha.
Porque a tempos deixei de ser rainha,
me tornei plebeia
que nenhuma mão quer tocar.
Lumar e Marquinho Mota
quinta-feira, 23 de julho de 2009
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