quinta-feira, 20 de novembro de 2008
GENUFLEXÓRIO.
... E AS FERIDAS JÁ NÃO SARAM MAIS COM TANTA EFICIÊNCIA.
O MEU VÍCIO OBRIGA-ME A VENDER O MEU CORPO NA ESQUINA
E MINHA MENTE NAS IGREJAS.
PEQUEI PORQUE ACHEI
QUE O PECADO ME FARIA FORTE.
... E MINHAS MÃOS JÁ NÃO PRODUZEM FLORES TÃO BELAS QUANTO ANTES.
E O BRILHO DO MEU DELÍRIO
PERMANECE OPACO
COMO O BRILHO TRISTE
DA MAIS TRISTE ESTRELA
QUE BRILHA DENTRO DOS MEUS OLHOS.
...E AS FERIDAS NÃO SÃO MAIS AS MESMAS
NÃO SEI POR QUE NA MINHA RUA
AS PESSOAS NÃO SE FALAM MAIS
E O CIRCO QUE EXISTIA DENTRO DE NÓS
É TÃO SOMENTE AGORA
UMA VELHA LONA ABANDONADA.
...E AS CICATRIZES AINDA SÃO IGUAIS.
É O MEU SANGUE QUE ROLA
PELO FURO DA BALA.
SÃO IDÉIAS VAZIAS
CAINDO NA VALA.
MINHAS MÃOS TRÊMULAS
TENTAM SEGURAR TUA FALA.
É UM FUMO QUE BOLA,
É UMA LATA DE COLA
NO MEIO DA SALA.
E EU SOU O ANJO QUE DORME,
QUE VIVE E QUE MORRE
NA TUA CALÇADA.
...E AS CICATRIZES JÁ NÃO SE FECHAM MAIS.
MARQUINHO MOTA
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Um comentário:
Meu querido,
Parabéns!!!!!!!
Essa mereceu ser premiada.
Muito boa!
Bjs
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