terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O 4º

O quarto não é um quarto de tempo.
O que parecia ser não é,
sempre foi o que já foi dito.
Guitarra solando a alma,
entrando de sola no ser.
Ser da música nas cordas
do aço no couro batendo na melodia... Aha!
Tudo pulsa, inclusive o pulso,
tudo e nada no rio
que é minha rua.
Nivia Mota 18/12/10

SOM - IÇO

Quando o silêncio acaba
é porque o sono acabou.
A luz vermelha na ponta
aponta o dia amanhecendo.
As coisas acontecendo nas horas inesgotáveis do tempo.
O som do B.B. King,
o rock do Led Pink,
memórias da juventude,
novidades no tempo antigo
que insisti querer morar em mim.
O silêncio acabou!
Nívia Mota 18/12/10

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Desencaixotando Helena

Mãos nervosas em busca de soluções.
Espaço de menos, trabalho de mais.
Revistas, livros, flores secas,
fotografias, pedaços de ilusão.

Olho através do tempo,
sem acreditar no que fui,
no que estou sendo.
Divago e, escorrego em mim.

E, me perco nos labirintos
dos caminhos, da alma,
da sala até o quarto...
Desencaixotei o que vivi.

Lumar (16/12/10)

Disritmia - Martinho da Vila

Uma homenagem do Blog a Tod@s @s Bohemias da vida


Eu quero me esconder debaixo

dessa sua saia, pra fugir do mundo

Pretendo também me embrenhar

no emaranhado, desses seus cabelos

Preciso transfundir teu sange

pro meu coração, que é tão vagabundo

Me deixe te trazer num dengo

Pra num cafuné fazer os meus apelos

me deixe te trazer num dengo

Pra num cafuné fazer os meus apelos


Eu quero ser exorcisado

pela água benta, desse olhar infindo

Que bom é ser fotografado

mas pelas retinas dos seus olhos lindos

Me deixe hipnotizado

pra acabar de vez com essa disritimia


Vem logo, vem curar teu nego

que chegou de porre lá da boemia

Vem logo, vem curar

vem curar teu nego que chegou

que chegou de porre lá da bo...

Lá da Boemia

Você, do outro lado ou Brigando com a Impressora

Tinha ficado confuso pra mim!

Mas agora ta claro como tua aura.

Durante muito tempo fiquei esperando você me explicar quem ia pra onde,

agora sei que devemos ficar aqui,

no nosso lugar,

da nossa maneira,

mesmo que assim eu fique sem jeito.

Podemos dar um jeito nisso.

O importante é ter você do meu lado.

Você ainda está ai do outro lado?

Eu continuo aqui, esperando você falar comigo.

Olhe o rio, ele espera por nós.

Viajemos sempre em frente,

Levados pela correnteza

E pela certeza do nosso amor.

Acho que precisaamos começar tudo do zero novamente


Marquinho Mota

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Meu insano Espelho Louco

Te procuro por dentro de mim em cada passo que eu dou

E não te encontro.

Caio no abismo sem fundo da melancolia

Donde não pretendo mais sair.


Me vejo por dentro dos teu olhos,

Espelhos insanos de uma alma atormentada por tua ausência.

Retinas loucas que gravam teus traços ancestrais e

Que sonham usando tua alma.


Te tenho.


Outra vida renasce das cinzas, minha fênix.

Outros sons e sussurros ecoam por entre nossos lençóis

Juntos com teu gosto e teu cheiro.


Teço em teus cabelos

A manta que me aquece,

E esquece o que ficou trancado dentro do Meu insano Espelho Louco.


Marquinho

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Devassa

Vem, não diga nada.
Rasgue minha roupa,
beije meu seio,
aperte-me contra a parede

possua meu corpo inteiro.


Fale palavras sujas,

me chama de tua, me usa ,
arraste-me pelo chão,
me lambe, me morde,

mate-me de tesão.


Sou tua escrava
sem pudor, sem medidas,

me lambuza com teu leite,

sou tua puta, à moda antiga.


E eu te devolvo tonto,

entregue, torpe,

morto de tanto prazer.

Lumar (09/12/10)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Estranho ser

Tinha lábios lânguidos e coração árido.
Sem saber o porquê da sua pobre vida,
ligou para o passado para entender,
para decifrar o futuro.
Foi tão grande seu susto
que ficou com a boca em cicatriz.
Seus olhos pararam no tempo diverso
e as mãos ficaram em conchas para não se ferir.
Triste fim...
Lumar