sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

De um irmão da Baixada solidário aos povos do Xingu.
Valeu Meu Preto.
Tua solidariedade fortalece nossa luta

MINHA CASA
Aos que agridem minha terra
Minha casa
Meu lar
Ergo minha voz
Minhas palavras
Ecoaram pelo ar
Clamando por guerreiros e guerreiras
Com arco e flexa na mão
Microfone
Enxadas
Descalços de pé no chão
No levantes erguidos
Pela batalha
Pela dignidade justiça e liberdade
Por mossa mata
Aos que agride minha
Terra minha casa
Meu lar
Ribeirinhos
Quilombolas
Indígenas
Prontos para lutar
No fronte na rima
No papel
Meu não a
Belo monte
Na poesia
Preto Michel

Publicado originalmente em http://www.daabaixada.blogspot.com/

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ecstasy


Te vejo em meu reflexo,
te vejo no meu gesto,
no meu gosto, à gosto do ser.
Te vejo no vendaval do momento,
no momento que o vento faz curva,
traz cheiros e me reporta a tua pele,
ao teu corpo, tua boca... te ter.
Te vejo inteiro
nú, louco, explicito,
entregue, dançando pra mim.
Te vejo assim... no espelho
reflexo inverso do meu ser.
Te amo sem querer.
Lumar(13/01/11)

Teu sorriso escancarado em minha boca,
como a crescente flutuando no céu.
Amor ao léu.
Lumar (12/01/11)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Déja vú

A noite cheirando a açucena,
com mistérios, luzes e sorrisos.
Tua boca vermelha enlouquece,
teus olhares cínicos, convidativos.

Perco - me entre cenas, sonhos,
jogos de sedução.
Deixo - me levar pelo gosto adocicado de tua boca,
tua pele, teu tesão.

Entrego - me inteira
rompendo milbarreiras,
deixando - me tatuar
tuas marcas, teus carinhos,
tuas digitais em mim.
Lumar (10/01/11)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Rendição

A carne cortada em mil pedaços,
o corpo inerte...
Sem lágrimas, sem flores,
sem cantos, sem lamentos.

Tudo tão previsível,
tudo sem sentido,
tudo tão sem cor,
sem espaço, sem tempo.

Flechas rasgando o óbvio,
brechas vazando o ser,
o sangue escorrendo lento,
deixando o vento secar, ceder.

Relógios marcando
sempre a mesma hora,
de um mesmo dia,
uma sexta feira da paixão.

Silêncio ao redor de tudo,
busco o termo preciso,
obscuro? não...
Impreciso, indefinível.

A vida sem previsões,
a vida surpreendendo,
sorrindo sempre
a cada amanhecer.

E o corpo já não mais sente dor.

Lumar(04/01/11)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Fada Verde

Absinto-me de ti enquanto minha luz ainda é clara,
minha cara senhorita.

Abstenho-me de ti agora,
porque entre todos os meus vícios
você é minha cachaça,
minha drogra preferida.

Absolvo-te por ter cometido o pecado
de me pertencer em uma vida passada.

Absorvo teu último suspiro
para declarar de vez minha total possessão
do teu corpo e de tua alma.

Abro mão do teu cálice,
porque de dentro de ti
só me interessa o teu sumo,
mesmo que não venha nenhum Sumo Sarcedote
me embriagar com o teu vinho
e tentar explicar o porque desta missa.

Enquanto isso do lado de fora
um cachorro tenta atravessar a rua.

Iamã Seiva e Marquinho Mota