terça-feira, 30 de setembro de 2008

Fragmentos.

Tua pele, teu calor
Minha boca, tua flor
Minhas mãos, teu topor
Tua língua, meu amor.

Teu cheiro, minha viagem
Teu corpo nu, minha miragem
Teus seios, minha vontade.

Teu sexo, minha ida
Teu amor, minha vida
Minha Kelly, teu Marquinho
Meu sonho, teu carinho.

Marquinho Mota

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Coração sangrando

Onde está você que não me escuta?
Onde estão seus olhos, que continuam perdidos no horizonte e não me vêem?
Onde estamos nós, que não nos encontramos mais com o mesmo sentido?

Perdemos o brilho nos olhos, o frio na barriga, o tremor nas pernas,
o ato de surpreender...
Perdemos a poesia do pôr do sol, do nascer da lua, do sorriso espontâneo.
Perdemos o sabor do beijo molhado, do amasso no sofá,
do amor feito às pressas no café da manhã.

Costurar sonhos, imagens, sentimentos, emoções vividas e produzidas,
Não é fácil e nem solução...
Mas que fazer com o que sobra do amor??????

Guardar no fundo da alma para sobreviver as intempéries?
Ou deixar que se vá, para que a saudade faça com que renasça e refloresça?

Decifra – me ou devoro – te !!!!!!


Lumar Abril/06

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pra você ( aquele que não pode ser mencionado)

E o mundo parou....


Parou no momento
em que a minha boca sugou a sua....
Quando nossas mãos ávidas procuravam aconchego;
Quando nossos corpos em puro êxtase se fundiram....



E o mundo parou.....


Por um ínfimo de segundo,
achei que esse momento mágico iria ser para sempre.
Só esqueci que para sempre não existe.



Então aí......


O mundo parou..... e caiu.


Lumar(22/09/08)

sábado, 20 de setembro de 2008

Lua linda e nua
Se tu não fosses minha
eu talvez seria tua.
Tua eterna companhia.

Marquinho, o kaxorro.
Tenho fases como a lua.
Fases de ficar em casa,
fases de andar na rua...

Lú Lisboa

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Desencanto

(essa na minha opinião, é uma das mais bonitas poesias da língua portuguesa. Vida longa a Manoel Bandeira)

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.-

Eu faço versos como quem morre.
Manoel Bandeira

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Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.
— Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.

Esta é pra Lúcia, minha fada madrinha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Hoje o mundo não me pertenca mais,
você levou quando partiu.
Perdi as rédeas, as trilhas, as........
rumo pra que? pra onde???
quer saber, estou cansado, estou caindo,
estou aqui.
Quem sabe um dia eu volto,
ou melhor, quem sabe num dia eu vou,
E vôo solo, no chão.
Ao alcance de tua mão
perto de tu...........

Marquinho Mota

EU GOSTO DE QUALQUER PALAVRA.

Somente um louco percebe no escuro a luz que não passou, a luz que ficou,
Há luz aqui????
Quem pode dizer ao louco que a luz não passou aqui???
Ou até entender a luz ausente???
Quem pode dar a luz, já que Deus disse: Que se faça a luz?"
Quem vai iluminar todos os sonhos todas as noites???
Gritos, risos, soluços; então, quem é louco? o criador ou a criação??"
- Veja, Ontem eu te vi chorar, agora quero te ver sorrir, como a luz das nossa vidas...
"Mãos, chãos, roupas, canhões.
então, não sou moço não.
conheço o pecado de Adão, mas não quero mais ser comparado a cidadão
Pois esta é a criatura sem imaginação...
Quero ser louco, quero revolução,
quero ser homem, homem Adão, errar todo dia sem prestar atenção.
Que venha a luz.
A luz e o perdão, para homens sem porteiras, temendo a escravidão.
Assim termina esta poesia e continuamos sãos.

Paulo Cametá e Marquinho Mota

Terrenos


Quanto tempo faz que estamos andando?
Quantos mais terrenos para andar?
Percorrer caminhos tortuosos,
Caminhos que não levam aos céus....

Quero caminhar nos teus vales,
Beber na tua fonte,
Dormir no teu colo.

Cola em mim, mas me deixa caminhar, viver amar...
Te amar.


Marquinho.

Pegadas...

Pés que calçam, pés descalços
Pés que vão para qualquer lugar.
Pés gordinhos, pés sozinhos.
Pés que são pegadas da alma real.
Pés.. nós levam, nos trazem, nos mostram
Mundos, almas, histórias, paisagens, músicas... pés...
Que equilibram, que participam
Que são simplesmente, realmente pés...
Na planta dos pés.....

Lumar (13.09.08)
Sabe quando trocava-mos bilhetinhos a toa
E que nossa vida se pautava em palavras de amor?
Pois é!....
Talvez a vida nos tenha mostrado o reverso do inverso do verbo amar
Sabe quando nossos olhos cruzavam o horizonte e o luar
E o simples fato de respirar nos tornava ser real?
Pois é!......
Hoje em dia a vida nos mostra dois lados, dois sentidos, duas medidas.
Hoje longe de tudo, dois sentidos,
Dois infinitos.
Hoje sem ser repartido, sem laços, sem sentidos...
Somos um, sem saber o porquê...
E sem saber somar.

Lumar (13.09.08)
Meu corpo é só seu
Minha boca busca seu beijo
Minha alma voa procurando a sua.
Sinto saudades....
Quanto tempo nos separa de uma vida????
Quanta vida se vive em um segundo???
Quanto desperdiçamos sem saber na verdade o que queremos?
A vontade de ter você me surpreende,
O querer estar junto me estrangula.
Não sou passado nem presente, sou ausência,
Vou buscar o que eu não quero neste momento
Peço corpo sobre corpo,
Minha língua na sua;
Meu ser por osmose no seu...
Seu, para sempre, sua...

Lumar (13.09.08)

In-Mundo

E então, o vinho virou sangue
E a necessidade de matar foi crescendo....
foi crescendo...
Até se tornar homem.
As pontas de cigarros no chão,
e os espelhos na parede desta cela
Transformavam este corpo em algo podre e vil.
E eu fui sobrevivendo assim:
Meio homem, meio bicho,
Caminhando por este chão de estrelas
Com as pontas viradas para cima.
“- Me desculpem, minha voz falhou

E eu não consigo lembrar de nem uma palavra mais....
É tanta droga no meu cérebro que já não sei quanto tempo faz que você está ai, chorando expelindo, exorcizando...”
E o jogo se aperta,
Você está em xeque-mate e não pode voltar para casa
Cheire!!!
Cheire toda esta imundice que se enfileirou sobre o espelho,
Cheire o mundo e sinta que não somos nada,
Cheire as lágrimas do meu filho e sinta que o mal prevaleceu.
Tem uma criança dentro do espelho.
Tem um espelho solto no ar...



Marquinho Mota - 1998

tempo

Quanto tempo leva um piscar de olhos?
Quanto tempo leva um pensamento?
Quanto tempo leva um beijo roubado?
O tempo exato da plenitude da luz.
O momento certo para que a vida se torne plena,
O sentido p ara que você possa se sentir feliz...
A vida passa a ser aquilo que você determina para ser feliz.

Lumar (13.09.08)
Te sinto no vento, nas ondas que me levam para os teus braços,
Que me abraçam, que elevam, que me fundem no céu.
Te sinto na lua,
Que brilha em meus olhos, que reflete na água,
Que invade de luz.
Te sinto sempre,
E toda a ausência me diz,
Sou nada sem sentir.

E nada sentindo, sinto muito
E muito não é nada perto do que eu não sinto.
Queria que você estivesse aqui,
Para ver o rio,
Sentir o vento, ou sentir nada.
Nada importa, quando você não está aqui.


Lú & Mar

Quero fuder com a Poesia!! e gozar.....

Sei que minha morte está anunciada.
Vou Morrer.
Isto é definitivo.
Todos morrem.
Mas, sinceramente, eu queria ter escrito as poesias que Fernando Pessoa escreveu,
Amado as mulheres que ele amou,
usado as drogas dos Campos que ele usou.
Mas eu não sou Fernando Pessoa,
e sinceramente, meu Anjo não se chame Augusto,
prefiro Augusta.
Quem sabe um dia chegarei perto dele,
e falarei sobre a metafísica,
quem sabe eu passe perto da Tabacaria,
e veja o dono sorrir.
Mas eu não sou Fernando Pessoa,
Nem tenho Anjo da guarda,
Mas eu tento...
É o que me resta no País do carnaval....
Desculpem-me... acabou a breja


Marquinho Mota

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Que nome se dá????


Eu não consigo pintar,
Eu não consigo escrever,
Eu não consigo cantar....

Não quero escrever por escrever...
Quero escrever minha alma,
Quero escrever os perfumes que eu sinto,
Escrever o simples fato de acordar....

Quero a cor que dá a vida...

Quero a vida que dá cor...

Quero a vida de cor....