quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Submissa

De que adianta
o lençol cheirando a lavanda,
a flor esparramando no vaso,
a fresta de lua invadindo o quarto,
o desejo incrustado nas entranhas,
voce não está aqui.
De nada adiantou...
Nem súplicas, nem chantagens,
nem os beijinhos salpicados em seu pescoço,
nem meus suspiros ao telefone,
nem minha voz rouca em seu ouvido,
nem minhas palavras enfeitadas de tesão, nada.
Então, de que adianta,
eu dizer:"Quero","sim","amo",
se voce é surdo.
De que adianta
eu me fazer de espera
se voce não enxerga.
De que adianta
eu me rasgar inteira,
me despir de pudor,
me expor em praça pública
se publicamente não fazes nada
para ter meu amor????
Nada adianta, nada adiantou...
Lumar (02/08/10)

Um comentário:

João Alho disse...

olá, vi teu blog no blog do jeso. tbm tenho um blog de poesias proprias. Passa lá. ja te adcionei por lá. bj

www.leianoverso.blogspot.com