sábado, 2 de junho de 2012

Grande rio grande

O Tapajós faminto, lívido, insolente,
no momento solene de engolir a Tapajós.
Os barcos no mesmo nível dos carros,
o passar devagar das rabetas,
linha tênue do transbordar,
na mesma linha do transpor,
de se impor no terreno alheio....
E esse rio sem rumo,
e nós no rumo, sem remo.
Poder das águas, lavando as ruas,
lambendo os pés, levando as tralhas.
Rio que revela o brilho da lua,
das estranhas luas de Lucia Flor de Lis.

Lumar e Marquinho 


Nenhum comentário: