quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Falsa bailarina

Perdeu-se no tom, no tempo,
no som da vitrola do cabaré.
Perdeu-se na mágica barata,
na hipnose do atirador de facas,
na contradança da bailarina do tal café.
Perdeu-se nas cores da tela de Picasso,
nas palavras de Amado,
nas músicas de Tom Zé.
Perdeu-se na embriaguez da madrugada,
entre a fumaça que da boca escapa,
entre todos os seus amores vãos.
Perdeu-se assim, no vai da valsa,
na noite escura de lua nua,
naquela saudade de não viver.

Lumar ( 14/08/12)

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