terça-feira, 28 de abril de 2009

Lua em São Jorge

Cor de salmão.
É uma jóia que trás os mistérios das águas do mar.
Mistura teu sabor
Com um filho do rio
Pronto pra te amar.

Beijo de fada,
Mãos de Anjo,
Leva minha alma
Pra dançar em teus jardins,
E me deixa experimentar
O que é estar em você.


Cor de salmão,
Cor de paz,
Me faz feliz.

Marquinho Mota.

Estrela de Rio

Estrela que brilha
Iluminado rios, ruas e sorrisos,
Atrai felicidade e enche minha alma de paz.


Vem até mim com a força da criação,
“aquela primeira
depois da explosão...”


de risos,
de prazer,
de tudo o mais
que nos for permitido.



Marquinho Mota

Cale-se, Leia e Desista.

Pare de passar sal em minhas feridas
Elas já doem demais sem a sua ajuda,
e ainda estão estão abertas
desde o nosso último encontro.

Sei que minha dor te diverte
mas estou determinado a acabar
com este circo de horrores.

Deixe minhas feridas secarem
assim como minha alma secou
na ausência do teu amor
e pela falta de carinho das tuas mãos;

mãos que mataram,
estrangularam e destruiram
toda a obra que o meu amor
esculpiu para você.

Deixe minhas feridas calarem,
como minha boca calou
por só saber dizer "eu te amo."

Deixe que o meu sangue
saia sozinho das minhas veias....

Me deixe a sós com as minhas feridas.

Marquinho Mota.

Um Violão e um Banquinho.

Hoje eu acordei cansado...
Meu time perdeu,
Meu fumo acabou e eu não tenho analgésicos...

Minha mulher se foi,
minha geladeira está vazia,
Estou desempregado e,
mataram o meu cachorro...

"- Cadê a porra da toalha???"

O cara do boteco está batendo em minha porta.
Tenho azia.
Não tenho Vontade.

O banquinho quebrou a perna,
A corda puiu.
"- Égua xiri, tem termo."

Marquinho Mota.

Buraco negro

Síndrome do pânico,
depressão,
medo da solidão.
Voz solitária, amplificada
para poder se ouvir.
Olhos perdidos,
estrangulados no meio da confusão.
Mãos que buscam
o vazio do não ter.
Sorriso vazio.
Amor confuso, difuso,
paixão, ilusão de sentir.
Braços frouxos, abraços mornos,
espaços do coração.
Circulação impedida
pela ambição desmedida,
pela soberba imprecisa,
pela emoção contida
do ser em ebulição.
Vício de sentimento.
Imprecisão de sentidos.
Descompasso da vida,
Pânico da síndrome da solidão.

Lumar (27/04/09)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Campo Minado

O ar pesado quase irrespirável.
Pessoas com sentimentos contraditórios.
Pessoas com sentimentos estranhos.
Pessoas sem sentimentos.

O ar tão denso que quase
conseguimos pegar,
que quase conseguimos transpor,
e o corpo cansado de tanto
jogo de cintura.

E as ondas elétricas passam
de um corpo para o outro.
Ansiedade, medo,
desejo, tensão,
tesão.

Um querer sem hora,
um querer por hora,
um querer por querer.

E as ondas se propagam,
e sem conseguir respirar,
sem conseguir conciliar
sono e vontade,
sem conseguir dormir,
sem conseguir viver
em campo minado.

Lumar (24/04/09)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ex - gota - mento

Olhando o tapajós,
olhando você...
Olhando do outro lado
telhados vermelhos
eu vou...
Tem rio, tem riso,
tem ar, tem amar...
Olhando o Tapajós,
a moça de vestido
é como um dia bonito...

Marquinho Mota

domingo, 19 de abril de 2009

Amar!!!!! O que é amar?
Sentir falta? Me sentir em alta?
Bebo na tua fonte,
Tento ser teu bebê.
Amando tua fatia
que me faz feliz.
Amar!!!!
O que é sentir?
Ser feliz?
Pedaço da tua fatia.
Pedaço do teu ser.
Sou
Seu
Só.
Só teu.

Marquinho Mota
Um segundo, um ínfimo de um segundo.
Apenas um piscar de olhos.
Um instante, um gozo de te encontrar.
Um segundo.
Espero apenas um ínfimo segundo,
Para te dizer que sinto prazer em te encontrar.
Um ínfimo segundo, um segundo,
Só para sentir e te mentir
que não te quero, nunca....
Nunca mais.

Lumar

Pandora

Perdidos nós, nus perdidos,
Perdidos em uma noite nua.
Nua de sentimentos, nua de entendimentos.
Quem são vocês para julgarem sentimentos?
Quem são vocês para entenderem encantamentos?
Somos feitos de algo maior que células.
Somos somas de olhar, ouvir,tocar, falar.
Somos o que ninguém mais quer ser.
Somos só...
Sensores de bem querer.

Lumar

Vôo Solo

E o espírito vôou livre...
Percorrendo quilômetros de distâncias
sobre rios e terras,
Procurando. Buscando.
Essencialmente buscando sua essência.
Vôou... Pousou...
Mas na confluência dos rios e mar, se perdeu.

E até agora não acho.
Não acho espírito,
Não tenho calma
nem essência.
Tenho vontade de confluir
de confudir e
de me fundir com você.

Tornar um só,
Tornar a ser você,
sem perder a quilometragem
que existe aqui.

Continuo voando.....

Lumar e Marquinho Mota
Em cada rede um sorriso
Em cada ombro um abrigo
Em cada rosto um irmão.

Em cada circo um palhaço
Em cada corpo o sagrado
Em cada mão, comunhão.

Em cada folha uma luz
Em cada ser que me conduz
um pedaço de criação.

De cada força eu preciso
Em cada olho um amigo
Em cada abraço união.

Em cada porto um abrigo
Em cada fala um caminho
Em cada por do sol um destino.

Marquinho Mota

terça-feira, 14 de abril de 2009

Alma aprisionada entre a chuva e o espelho.
O espelho que reflete o brilho mas que não diz o que sente.
A chuva que escorre de dentro da essência.
O espelho que brilha.
A chuva que lava.
O espelho que prende.
A chuva que leva.
O espelho que retêm o ritmo,
A chuva que faz o som.
O espelho que nada mais é, que o todo de aprisionamento.
A chuva que é o encantamento da renovação.

Quebra, o espelho de tudo que nos prende.
Deixa a chuva lavar toda a dor.
Pois sempre haverá outros dias e,
enquanto houver ar, respire!!!!

Dentro do espelho sinto a chuva cair.
Lavar minha alma e fazer renascer.
Dentro do espelho sinto paz.
Tem uma criança dentro do espelho.
Tem um espelho solto no ar.

Lumar, Joe e Marquinho Mota (12/04/09)
Em dia de Luz e Paz.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Que meu amor seja a tua plenitude.
Que meu amor seja tua salvação.
Que meu amor seja teu resgate.
Que meu amor seja minha falta de visão,
mas a tua visão plena.
Que meu amor seja nada mais que
o torpor de esperar.
Que meu amor seja amor e nada mais.

Lumar(12/04/09)

Beija Flor

Meus olhos vêem o que tu sentes.
Meus ouvidos escutam o que desejas ouvir.
Minha boca pronuncia só teu amor.
Teu cheiro na minha pele, sempre.
E meu desejo infinito pelo teu corpo.
E quisera eu ser o ser que te completa.
E te ama e te alucina.
E sentir como beija flor,
Cheirar, alimentar e viver de amor.

Lumar ( 12/04/09)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O homem, o guarda - chuva e a madrugada

Seu caminhar é trôpego,
Seu cantar é rouco,
Seu sonhar é louco,
Sua esperança é finda.

Seu amanhã foi ontem,
Seu querer vagueia longe,
Seu tudo é quase nada,
Sua vida expira.

Expira aos poucos...
Num trago, num gole,
em dias sem comida,
em noites vazias,
em solidão.

Lumar(08/04/09)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Lunar

Canto meu uivo de loba pra lua.
E ele reverbera no vento
e firma o encantamento
de ser tua.

Lumar(06/04/09)

AZUL

ELE É UM HOMEM QUE CHORA A AMBIVALÊNCIA DOS SENTIDOS...
A SAUDADE DELE É AZUL
COMO AS ASAS BORBOLETA QUE COMPARTILHA SUA MATIZ CINTILANTE PROCURANDO
ONDE POUSAR.
POUSA NA LEMBRAÇA...
ENQUANTO LÁGRIMAS CONTIDAS ABREM A ESPERANÇA COM UM SORRISO.
ELE É UM HOMEM QUE CHORA E MERGULHA NAS ÁGUAS CORRENTES DA VIDA...
ELE É UM HOMEM QUE CHORA AS HORAS DE OUTRORA
E RI AS HORAS QUE ESTÃO POR VIR...
MANEIO DO TEMPO, DESVELO DE SONHOS, SILÊNCIOS E RISOS.

Andréa Aires Imbiriba
Para o querido amigo, Marquinho...
Alter do chão, 05 de Abril de 2009.
Véspera do seu aniversário.
Fechou um ciclo num dia de ALEGRIA. Amanheceu com o céu aberto pras
coisas boas e que ele merece receber.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

TORPOR

Caminho exausta sobre um chão de rosas e sangro rubi.
Seguro o meu coração que é de cristal
E não o deixo cair.
Fios brancos anunciam o meu crepúsculo
E revelam a fragilidade de minha existência,
Suposta maturidade!

Meu coração de cristal...
Meu temperamento difuso,
Estado de torpor,
Tanta insensatez...
Me dá um desespero o Juízo final...

E no meio da minha solidão a tempestade!

Não...
Não quero envaidecer teu coração de menino,
Mas tocar de mansinho o coração do homem
Que vejo e sinto como se já fora meu!

Esse assombro que me toma a madrugada
Rasga o meu sexo,
Aquece o cálice do meu corpo e sinto a dor do ato literal
E nunca fomos um!
Oh...quanto pecado em sonho!

Diga que é loucura.
Quero mesmo o desvario
Quero mesmo estar no cio
Voraz,
Em brasa,
Apaixonada e louca.

Posso e quero
Imaginar teus dedos
Delineando os meus lábios
Meus ombros
Meus seios e adiante...
Sem pressa e sem cansaço.
Essa inquietude de agora,
Prefiro isto a não ter nada!

Deixa...deixa eu dizer...
Deixa eu te perturbar
De vez em vez
Sem ser demais
Sem invadir os teus domínios...
Só à ti quero dizer...
Posso calar meu pensamento,
Mas quero muito
Que o meu desejo seja o teu.
Juro,
Queria a cura para o meu delírio,
Mas creio estar perdida.
Dá-me um rumo!
Saiba,
O teu medo é a minha dor.

Vem,
Dê-me a tua aurora
E toma o meu coração de cristal...

Andréa Imbiriba
Santarém, 19 de fevereiro de 2007.

domingo, 5 de abril de 2009

Não sei

Indiscutivelmente a vida passa aos meus pés,
Indelével...
Escorre dos meus olhos
a essência que não vivi.
Minha vida supostamente feliz.
Ser o que sou é isso?
Questionamentos aos quais não sei responder.
Só sei que amo demais,
Percebo demais,
Vivo demais.

Lumar(03/04/09)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Sapateado de catita

Mesmo com chuva,
a festa se faz no
Condomínio BNH.
Dança dos ratos,
sapateado de catita,
briga por quem grita mais
por calor e sobrevivência.
Não temos a menor ciência
do que pode rolar no
Condomínio BNH.
Falta água na torneira,
comida na geladeira,
espaço pra por a esteira
e sonhos para sonhar.

Lumar(02/04/09)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dona Florzinha no jardim das borboletas

Onde o tempo parece não pesar,
Onde as imagens refletem o brilho do sentir,
Onde o amor reina como condutor de plasmas,
Onde não existe a dimensão de espaço,
Onde tudo pode ser verdadeiro,
Onde você tem cheiro de paz.
Onde minha vontade chegar,
Onde a dor começa a cessar,
Onde a lua encontra o mar
e os caminhos começam a ir.
Onde tuas mãos me fazem jazz
e meus filhos caminham no ar.
Onde o sonho se faz,
Onde você tem cheiro de paz.

Lumar e Marquinho Mota