quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Denadaser

Não quero nunca mais o escracho,

o escarro, o vomitar de palavras.

Não quero nunca mais amores ausentes,

prazeres distantes de prazer.

Nunca mais o pus de feridas latentes,

nunca mais o destino mal traçados

pelas linhas tortas da minha mão,

nunca mais a falta de brilho no olhar.

Quero apenas a paz

lançada nas águas mornas,

quero a luz da alvorada

da luz prateada que nos envolve.

Quero o sorriso de esperança

da criança que brinca superando os obstáculos,

quero amor puro e sincero,

quero o prazer de sonhar acordado,

quero o presente do perdão.


Lumar (09/02/10)

Um comentário:

Jeso Carneiro disse...

Há uma referência gritante neste poema: a que leva ao poeta Augusto dos Anjos. Impossível não lembrar do autor. parabéns!