segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Eu quero escrever uma poesia, agora.
Você me ajuda?
Minhas mãos não sabem o caminho que devem seguir,
minhas mãos não sabem as palavras que devem escrever
e minha boca não sabe o que pronunciar, beijar, blasfemar.

Meu passado se faz presente
mesmo estando ausente como eu sempre fui.
Fujo pela janela sorrateiramente
caminhando para o futuro.

Eu queria, juro que eu queria
escrever uma poesia agora,
mas eu sinto sono, eu sinto medo
e isso não é uma boa inspiração.

Oh poesia, porque habitas em mim
Oh poesia, porque me fazes chorar?

Eu não quero mais escrever
eu não quero nunca mais voltar.

Enquanto minha mãos estão entre tuas pernas,
enquanto a chuva chove e eu a escuto pela janela,
enquanto santana toca
eu me toco; bye, bye poesia.

Marquinho Mota

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